terça-feira, 10 de novembro de 2009

Biogênese


Em meados do século XVII, o biólogo italiano Francesco Redi (1626-1697) realizou experiências que, na época, comprovaram que a teoria da abiogênese estava errada. Colocou pedaços de carne no interior de frascos, deixando alguns abertos e fechando outros com uma tela. Observou que o material em decomposição atraía moscas, que entravam e saíam ativamente dos frascos abertos. Depois de algum tempo, notou o surgimento de inúmeros "vermes" deslocando-se sobre a carne e consumindo o alimento disponível. Nos frascos fechados, porém, onde as moscas não tinham acesso à carne em decomposição, esses "vermes" não apareciam . Redi, então, isolou alguns dos "vermes" que surgiram no interior dos frascos abertos. Ele observou que esses vermes não brotavam, mas sim se originavam de ovos que eram depositados pelas moscas, que entravam e saiam com liberdade. Mesmo depois disso, alguns cientistas insistiam na teoria da abiogênese, pois diziam que a força vital havia sido bloqueada na experiência de Redi.

Mais tarde, Lazzaro Spallanzani repetiu os experimentos e concluiu que a vedação utilizada e o tempo de fervura eram insuficientes para matar os microorganismos. Needhan se defendeu dizendo que o tempo prolongado de fervura destruía a força vital do caldo nutritivo.

A polemica manteve-se até 1862, quando o francês Louis Pasteur, realizou experimento que derrubou de vez a teoria da abiogênese. Realizou experimentos utilizando frascos de vidro que possuíam o gargalho semelhante à pescoços de cisne. Dentro havia um caldo nutritivo. Esses frascos com caldo foram fervidos e deixados em repouso por alguns dias. Não houve formação de microorganismos, pois a água que evaporou do caldo ficou retida nas paredes do gargalo e funcionou como um filtro de ar, e os microorganismos ficavam retidos nele, não entrando em contato com o caldo. Pasteur quebrou os gargalos e deixou o caldo em contato com o ar. Após alguns dias ele observou o desenvolvimento de microorganismos no caldo, que antes estavam no ar.

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